sábado, 29 de agosto de 2009

Amanhã ou outro dia

Nobre Rainha de Copas


Ontem eu não pensei em você Rainha. Quando falo ontem quero dizer que a vários ontens não penso em você. Esta cada vez mais fácil fazer de você algo de um passado tão remoto quanto você realmente é.

Cada vez mais as outras cartas que encontro pelo caminho reclamam menos de me ouvir falar em você. Nunca mais de te vi por ai. Nunca mais vi fotos suas. Nunca mais recebi telefonemas nem noticias suas. Acredito que as coisas estão bem melhores assim.

Conheci outras cartas e fizemos bons pares em certos momentos. Poucas tinham a nobreza necessária para me deixar interessado em um bom jogo. Poucas é verdade, mas apareceram algumas sim.

Aqui até hoje ainda me balança as vezes é uma Rainha de Paus que conheci a algumas horas atrás. Eu envolvido com alguém de Paus, da pra acreditar nisso Rainha? Mas é verdade.

Desde que nos aproximamos houve uma serie de encontros e desventuras que me deixam sempre bem intrigado com a situação. Por vezes não nos queremos, mas nos encontramos. Em outras, um quer, mas o outro não. Ainda existe os momentos que ambas querem e acontece todo de bom e de ruim que se pode e deve acontecer.

Acredito que toda essa saga me ajudou muito a criar o interesse na situação. Nunca fui muito fã das coisas simples, fáceis e descomplicadas lembra? Alem dela ser uma pessoa interessante claro. Continuo com meu caráter de seleção na ativa. Até mais aguçado que em certos tempos idos.

Tempos idos... nem sei mais como você esta Rainha, nem como você é. Bem possível nem seja mais a carta que era nesses tais tempos idos. Eu guardo resquícios, mas não sou mais aquele Rei de Espadas. Provavelmente você tenha mudado mais ainda. Começo a temer que você nem mesmo seja você mais. Tenha virado qualquer outra coisa diferente da Rainha de Copas que amo, digo, que amei. Agora fico pensando que posso esta escrevendo para alguém que nem mesmo existe, ou que só existe na minha lembrança, na minha imaginação.


Sem saber quem lê isso


Rei de Espadas

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Três goles depois

Amada Rainha de Copas


Tive uma conversa besta sobre o grande amor da vida de quem estava no momento e não consegui pensar em outra pessoa senão você Rainha. Você como o grande amor da minha vida. O bom disso tudo que não foi uma lembrança tão atordoada quanto as outras. Eu lembrei de você. Apenas isso.

Após isso lembrei de um fato mais passado que você. Quando a Rainha de Espadas, a senhora minha Mãe, se separou do Dez de Paus, meu pai (lembre-se da minha desconfiança com os Dez). Ela me confidenciou que achava que o grande amor da vida era um Rei de Copas que ela conheceu na juventude. Porem, quando o reencontrou deles aconteceu (depois da separação, claro) ela não sentiu nada demais. Era apenas alguém de um passado distante.Especial, mas distante. Nem chegou a rolar nada.

Em seguida lembrei do antigo Rei de Espadas, meu avô. De como ele me falava de minha avó como seu grande amor e que mesmo depois de sua morte ele viveu, de forma muito bem vivida.

Depois lembrei daquela Rainha de Ouros que namorei por um tempo e você morria de ciúmes. Lembro dela ter me dito que eu era o grande amor da vida dela e eu dizer a ela que eu podia, muito bem, ser o grande amor da vida dela e não estar com ela. Uma coisa não dependia da outra.

Então vi que devia a muito ter absorvido todas essas lições para mim mesmo. Tentei faze-lo naquela hora e você não sabe como o resto do meu dia foi feliz por isso.

Eu te amo Rainha. Te amo muito. No entanto, não largaria aonde cheguei em minha vida para estar com você como antes. Teria que ser tudo novo. Tudo adaptado as situações do agora, então não seria agente novamente. Seriamos somente seres de um passado distante. Especial, mas distante.

A vida segue seu curso Rainha e eu estou seguindo o curso da minha...


Amorosamente


Rei de Espadas

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ontem a noite

Mística Rainha de Copas


Sonhei novamente contigo, Rainha. Não foi um pesadelo, como das outras vezes. Toda via, também não foi um sonho bom. Foi só um sonho daqueles sem muita lógica. Na verdade, você, em pessoa, nem apareceu nele.

Uma mulher apareceu na minha casa, acompanhada de um parente distante. Eu sabia quem era ela, mas sempre a chamava de um nome diferente. Para cada nome que eu a chamava ela atendia dizendo um apelido para o nome. Se Gloria, mãe Glorinha. Se Vera, mãe Verinha. Sempre com esse mãe antes do nome.

Depois dessa confusão do nome ela me sorriu e abraçou. Durante o abraço chegou bem perto do meu ouvido e falou bem baixinho:


- A Rainha de Copas ainda te ama.


A larguei de imediato dizendo não ter gostado da brincadeira. Fui como um raio para meu antigo quarto. Nosso antigo quarto. O primeiro, não o ultimo. Ela me seguiu. Entrou no quarto, expulsando todas as outras pessoas que estavam nele e fechou a porta. Deitou-se na cama comigo e disse ter lhe encontrado por ai. Disse ter conversado com você e tinha ouvido da sua boca, que você ainda me amava.

No sonho, eu sempre me negando a acreditar e ela sempre insistindo. Curioso que ao olhar para ela eu lembrava de algumas pessoas que conheço. Mais curioso ainda é o fato que não confio em nenhuma das pessoas que lembrei olhando para ela.

Acordei atrasado para minhas obrigações do dia. Chateado e achando que aquele dia que já não começava bem, seria ainda pior, visto que eu o passaria lembrando você a cada instante.

Estava errado, o dia foi menos ruim do que eu esperava. Mal lembrei de você. Só no fim da tarde, quando tocou uma canção que gostávamos, você me veio a mente. Uma que usávamos para fazer brincadeiras com o modo de vida um do outro, já que insultava modelos e bandas de rock.

Assim passou mais um dia que eu pensava que perderia para você, Rainha. Não o fiz. Como os demais ele passou e eu agradeci por ele ser tão normal.


Ceticamente,


Rei de Espadas