domingo, 22 de novembro de 2009

Ontem a noite

Inconveniente Rainha de Copas


È mesmo muito fácil para você me enviar uma mensagem no meio da madrugada para acabar com minha noite de sábado. Não acredito que você não tenha ciência do que já me fez para querer fazer ainda mais.

Desde sua despedida, Rainha, eu não amo, não me apaixono. Fico buscando um sentimento a cada esquina e nunca encontro. Não por falta de quem dedique, mas por falta de fazê-lo brotar em mim. Você não sabe o que é todo esse tempo de abraços sem calor, beijos sem sabor e sexo sem prazer.

Não sei onde estava seu Valete na hora, mas acredito que ele te deixou só. Por isso você achou que eu estaria lá para quando você quisesse. Pois errou! Desta vez você não conseguiu o que queria, Rainha. Não me afastou da minha busca por diversões de momento. Detive-me a todas as efemeridades do momento.

Nem li sua mensagem. Pedi para uma Ás de Copas, amiga minha, ler e apagar aquele arauto do inferno. Pedi para ler na intenção de que alguém saiba que aquilo existiu e apaguei para continuar não sabendo nada de você.

É no conhecimento que esta o sofrimento. Se não recebo noticias suas, se não te vejo, você se torna apenas uma lembrança. Lembranças até podem machucar, mas não ferem e podem ser facilmente manipuladas. Prefiro mil vezes sofre a angustia da curiosidade em saber o que você escrever a angustia da duvida de saber porque você escreveu, quais seus motivos e sofrer com uma esperança que não existe.

Assim eu vou seguindo em frente no mais próximo do normal. Peço a você, Rainha, pelo mínimo de dignidade que resta entre nos: NÃO REPITA ISSO.


Solicitamente


Rei de Espadas


P.S.: O que merda você fez no seu cabelo?

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Na ampulheta: 21:42

Graciosa Rainha de Copas


Ah Rainha! Quanto tempo não tenho noticias suas. Chego até a sentir falta... Mentira! Estou bem aliviado. Não saber de você me deixa mais calmo. Enterra mais fundo uma parte significativa dos meus fantasmas.

Lembro de você cada vez menos. Hoje vossa realeza (sarcasmos) é mais uma citação do que uma lembrança. Mais um relacionamento passado do que um amor perdido. A maioria das nossas historias viraram piadas ou situações embaraçosas para outros sorrir. Ontem você foi lagrimas, hoje você é graça.

Outro dia, meio a amigos, contei sobre umas de nossas primeiras viagens juntos. Quando sua irmã, ainda uma Dois de Copas, fez todo o caminho de volta pedindo frutas. Isso já foi uma memória desagradável, hoje, com alguns artifícios de retórica e um pouco de eloqüência, é garantia de risos.Algumas outras bem piores rendem risadas intensas a mesma proporção dos sofrimentos do passado.

Então é isso que você é atualmente, rainha, uma memória. Na maioria das vezes casual e em outras poucas um conto de humor, não importando se for por embaraço ou humor negro. Outras raras, mas bem raras, você é memória de uma lição na vida. De uma vida que eu não quero mais repetir.

Lembro de te ouvir se acusar de superar os bons momentos com os ruins, eu aprendi a escantear ambos quando se faz necessário. Assim, hoje você não passa de um anteontem. Amanha será pré-história, apenas fatos dedutíveis por vestígios. Sem escritos, testemunhas ou provas.


Categoricamente


Rei de Espadas

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Declaração de Amor

A R A B C I N H D A E E F G U H I T J K E L M A N O P M O Q R !

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A 23 dias do por do sol

Maligna Rainha de Copas


Comecei a pensar no fato dos meus relacionamentos pos-você serem tão breves. Descobri que o melhor termo de descrevê-los era “descartável”. Vinham, tinham sua utilidade momentânea exercida e eram logo postos de lado. Por minha sorte a maioria deles se tornaram boas amizades.

O fato comum era de eu fugir quando a moça demonstrava algum interesse maior. Não foram poucas as vezes delas fugirem quando eu me mostrei interessado, toda via. Assim, estive de braços em braços, de bocas em bocas, de camas em camas. Espantando minhas carências já que não podia extingui-las.

Não me acostumei com essa situação até hoje, Rainha. Você bem me conhece e sabe o quanto sou dependente de companhia. Não soube manter a sua, mas sempre fui muito dependente dela.

Voltando ao assunto do começo. Passei a avaliar os prós, contras e motivos para tais fatos e situações. Claro que encontrei uma parcela enorme de culpa sua. Não poderia faltar.

Cheguei até a bolar algum meio místico da sua influencia negativa sobre mim. Tentei entender o tipo de feitiço, magia ou simpatia que você me lançou para que tudo ficasse como esta. Sei que parece cômico. Ao menos vai parecer quando a ofensa se desfizer.

Estou dia-a-dia avançando e melhorando a esse respeito. No entanto, sendo sincero, essas idéias não se perderam por completo dos meus pensamentos. Cheguei até a procurar alguém que me livrasse dos males esotéricos que possam ter me afetados, principalmente os oriundos de Vossa Majestade. Viu que realmente causa risos?

Mas tudo esta tendendo ao avanço.


Em progresso.


Rei de Espadas

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Relógio parado (nem para frente, nem para trás). Madrugada (pelos apitos).

Benevolente Rainha de Copas


Essa semana esta sendo de lembrar você, Rainha. Após um ótimo fim de semana acordei atrasado na segunda-feira e seus olhos passando por meu caminho me despertaram.

Logo depois, uma musica me lembrou o estado em que fiquei quando vossa majestade me deixou. Outra lembrou nossos tempos áureos. Isso tudo ainda indo para minhas obrigações.

Após o almoço, comi os biscoitos que comprava para você e meu irmão comia antes. Lembro de você cheia de manha a reclamar. Sabia que nem era pelos biscoitos, mas só para fazer “aquela” cara, falar “daquele” jeito e me ver te defendendo e acalentando.

Durante a tarde, mais musicas. Cheguei mesmo a acreditar que você tivesse, de algum meio, influenciado a aleatoriedade das rádios. Ou que todas as musicas do mundo me lembram você.

A noite ao sair do trabalho revi seus olhos. Pensei em escrever, se te escrever e se enviar desta vez. Desisti dos três.

Antes de dormir ainda pensava em você, ainda o fato de escrever ou não. Acabei optando pelo sono e te encontrei nele. O engraçado é que tenho certeza que sonhei com você, só não lembro o que houve no sonho.

O dia seguinte começou parecido. Continuo parecido. Toda via, tenho fé que a semana termine logo. Afinal hoje já é terça-feira.

Espero por um bom tempo sem lembrar você para compensar estes dias.

Esperançoso de não mais sonhar com vossa majestade.


Rei de Espadas

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

35° no relógio de sol (de volta a realidade normal)

Radiante Rainha de Copas


Meu novo vicio é olhar traseiras de ônibus. Isso mesmo Rainha, começo essa citação com essa informação aparentemente inútil. Apostando na sua inteligência, acredito que você já saiba o porque.

Vê aqueles olhos nos outdoors mexeram comigo, Rainha. Aquele olhar que nem é para mim, me faz parar alguns minutos. Sair do ar mesmo. Fico pensando o que fez aqueles olhos passarem tal tom de sorriso. Me vem o de eu ter passado naquele pensamento, Rainha. Quem sabe ate ser seu motivo principal.

Minha falta de humildade é grande, Rainha, mas não a esse ponto. Tenho quase toda de que nem passei perto daquele momento. Nem mesmo em pensamento. No entanto, isso não me impede de apreciar o olhar. Me vejo parado no meio da rua admirado, quando passa um ônibus com aquele olhar na traseira.

Sei, para meu bom grado, que meus vícios duram pouco. Mesmo trazendo certos prazeres, espero que esse também passe de forma breve. Pode ate demorar um pouco, mas que passe.


Extasiadamente


Rei de Espadas

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Outras eras (Realidade alternativa)

Duvidosa Rainha de Copas


Ai você me vem e pergunta Rainha se o que você hoje sente é carência ou amor?

Sabe que eu não sei responder. Na verdade, você espera que não responda. Procura apenas me deixar no desembaraço. Sinto em lhe dizer Rainha, você não conseguiu dessa vez. Esqueci de te ensinar que me deixo ser embaraçado apenas como mais uma arma de sedução. Nada mais que isso e você não merece mais essas coisas.

Quer saber a diferença entre os dois, Rainha? É simples! (Adoro coisas simples)

Amor é o que você me negou. É o que eu te propus. Amor é algum que, na sua visão pequena e fútil de união, de relacionamento, você nunca vai chegar a ver. O amor não se encaixa nesses seus joguinhos de ego, afinal de contas ele é para dois.

Carência é diferente. Você pode ver carência nos meus olhos, Rainha. Carência é a falta de tudo que você me negou e acabou negando a si também. Carência, Rainha, é você deitada na minha cama perguntando porque sou tão desapegado.

Como já havia lhe dito, não sou uma boa pessoa para te dar essa lição, mas espero ter ajudado.


Solidariamente,


Rei de Espadas

domingo, 13 de setembro de 2009

Um piscar de olhos

Onipresente Rainha de Copas


Vi seus olhos vagando pela rua, Rainha. Em umas das minhas andanças pelos reinos tais, vi seus olhos vagando pela rua. Isso me deixou contente, juro. Me bateu uma nostalgia, um saudosismo. Mas tudo muito saudável. Mostrei a alguns amigos; “olha os olhos da Rainha de Copas” e elas me perguntaram como eu sabia que era você. Respondi que apenas sabia, conhecia muito bem os olhos que amo. Só depois que me toquei da naturalidade com que falei isso. Desculpa ta te enchendo com essas abobrinhas, nem faz muito sentido eu te falar isso. Acredito que não faça mesmo.

Bom Rainha, as noticias são outras. Tão inúteis quanto essa esta. Novamente me decepciono comigo em relação a tentar partir para outros relacionamentos. A muito que deixei de tentar te esquecer e resolvi apenas conviver com sua falta e tentar continuar minha vida. Te amar não me impede de conhecer outras cartas, me envolver com elas e acabar formando um bom par. Mas parece que não estou tendo muito êxito.

A Rainha de Paus que conheci recentemente me entediou rapidinho. Tentei algum com uma Dez de Copas... já da para imaginar no que deu (continuo com pé atrás com os dez). Depois conheci uma Nove de Ouros, ótima carta, nos demos muito bem. Boa conversa, boa interação, mas não sei porque sai um dia para vê-la e quando voltava para casa vi que não queria mais vê-la. Não consigo entender isso em mim. Juro que não consigo, Rainha.

Agora conheci uma Rainha de Espadas de um reino tão distante quanto o meu. Quanto isso vai durar, dias, semanas? Eu queria que desce certo com alguém Rainha. Não para por no seu lugar (já cheguei a certeza que ele é seu mesmo), mas para me da oportunidade de estar com alguém. De não estar sozinho.

É isso Rainha. Acho que já gastei muito do seu tempo. Acredito que nem tenho direito a isso, mas fiz e provavelmente farei de novo.


Se sentindo um tanto descartável


Rei de Espadas

sábado, 29 de agosto de 2009

Amanhã ou outro dia

Nobre Rainha de Copas


Ontem eu não pensei em você Rainha. Quando falo ontem quero dizer que a vários ontens não penso em você. Esta cada vez mais fácil fazer de você algo de um passado tão remoto quanto você realmente é.

Cada vez mais as outras cartas que encontro pelo caminho reclamam menos de me ouvir falar em você. Nunca mais de te vi por ai. Nunca mais vi fotos suas. Nunca mais recebi telefonemas nem noticias suas. Acredito que as coisas estão bem melhores assim.

Conheci outras cartas e fizemos bons pares em certos momentos. Poucas tinham a nobreza necessária para me deixar interessado em um bom jogo. Poucas é verdade, mas apareceram algumas sim.

Aqui até hoje ainda me balança as vezes é uma Rainha de Paus que conheci a algumas horas atrás. Eu envolvido com alguém de Paus, da pra acreditar nisso Rainha? Mas é verdade.

Desde que nos aproximamos houve uma serie de encontros e desventuras que me deixam sempre bem intrigado com a situação. Por vezes não nos queremos, mas nos encontramos. Em outras, um quer, mas o outro não. Ainda existe os momentos que ambas querem e acontece todo de bom e de ruim que se pode e deve acontecer.

Acredito que toda essa saga me ajudou muito a criar o interesse na situação. Nunca fui muito fã das coisas simples, fáceis e descomplicadas lembra? Alem dela ser uma pessoa interessante claro. Continuo com meu caráter de seleção na ativa. Até mais aguçado que em certos tempos idos.

Tempos idos... nem sei mais como você esta Rainha, nem como você é. Bem possível nem seja mais a carta que era nesses tais tempos idos. Eu guardo resquícios, mas não sou mais aquele Rei de Espadas. Provavelmente você tenha mudado mais ainda. Começo a temer que você nem mesmo seja você mais. Tenha virado qualquer outra coisa diferente da Rainha de Copas que amo, digo, que amei. Agora fico pensando que posso esta escrevendo para alguém que nem mesmo existe, ou que só existe na minha lembrança, na minha imaginação.


Sem saber quem lê isso


Rei de Espadas

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Três goles depois

Amada Rainha de Copas


Tive uma conversa besta sobre o grande amor da vida de quem estava no momento e não consegui pensar em outra pessoa senão você Rainha. Você como o grande amor da minha vida. O bom disso tudo que não foi uma lembrança tão atordoada quanto as outras. Eu lembrei de você. Apenas isso.

Após isso lembrei de um fato mais passado que você. Quando a Rainha de Espadas, a senhora minha Mãe, se separou do Dez de Paus, meu pai (lembre-se da minha desconfiança com os Dez). Ela me confidenciou que achava que o grande amor da vida era um Rei de Copas que ela conheceu na juventude. Porem, quando o reencontrou deles aconteceu (depois da separação, claro) ela não sentiu nada demais. Era apenas alguém de um passado distante.Especial, mas distante. Nem chegou a rolar nada.

Em seguida lembrei do antigo Rei de Espadas, meu avô. De como ele me falava de minha avó como seu grande amor e que mesmo depois de sua morte ele viveu, de forma muito bem vivida.

Depois lembrei daquela Rainha de Ouros que namorei por um tempo e você morria de ciúmes. Lembro dela ter me dito que eu era o grande amor da vida dela e eu dizer a ela que eu podia, muito bem, ser o grande amor da vida dela e não estar com ela. Uma coisa não dependia da outra.

Então vi que devia a muito ter absorvido todas essas lições para mim mesmo. Tentei faze-lo naquela hora e você não sabe como o resto do meu dia foi feliz por isso.

Eu te amo Rainha. Te amo muito. No entanto, não largaria aonde cheguei em minha vida para estar com você como antes. Teria que ser tudo novo. Tudo adaptado as situações do agora, então não seria agente novamente. Seriamos somente seres de um passado distante. Especial, mas distante.

A vida segue seu curso Rainha e eu estou seguindo o curso da minha...


Amorosamente


Rei de Espadas

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ontem a noite

Mística Rainha de Copas


Sonhei novamente contigo, Rainha. Não foi um pesadelo, como das outras vezes. Toda via, também não foi um sonho bom. Foi só um sonho daqueles sem muita lógica. Na verdade, você, em pessoa, nem apareceu nele.

Uma mulher apareceu na minha casa, acompanhada de um parente distante. Eu sabia quem era ela, mas sempre a chamava de um nome diferente. Para cada nome que eu a chamava ela atendia dizendo um apelido para o nome. Se Gloria, mãe Glorinha. Se Vera, mãe Verinha. Sempre com esse mãe antes do nome.

Depois dessa confusão do nome ela me sorriu e abraçou. Durante o abraço chegou bem perto do meu ouvido e falou bem baixinho:


- A Rainha de Copas ainda te ama.


A larguei de imediato dizendo não ter gostado da brincadeira. Fui como um raio para meu antigo quarto. Nosso antigo quarto. O primeiro, não o ultimo. Ela me seguiu. Entrou no quarto, expulsando todas as outras pessoas que estavam nele e fechou a porta. Deitou-se na cama comigo e disse ter lhe encontrado por ai. Disse ter conversado com você e tinha ouvido da sua boca, que você ainda me amava.

No sonho, eu sempre me negando a acreditar e ela sempre insistindo. Curioso que ao olhar para ela eu lembrava de algumas pessoas que conheço. Mais curioso ainda é o fato que não confio em nenhuma das pessoas que lembrei olhando para ela.

Acordei atrasado para minhas obrigações do dia. Chateado e achando que aquele dia que já não começava bem, seria ainda pior, visto que eu o passaria lembrando você a cada instante.

Estava errado, o dia foi menos ruim do que eu esperava. Mal lembrei de você. Só no fim da tarde, quando tocou uma canção que gostávamos, você me veio a mente. Uma que usávamos para fazer brincadeiras com o modo de vida um do outro, já que insultava modelos e bandas de rock.

Assim passou mais um dia que eu pensava que perderia para você, Rainha. Não o fiz. Como os demais ele passou e eu agradeci por ele ser tão normal.


Ceticamente,


Rei de Espadas

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Naquele tempo

Esquecida Rainha


Hoje você me deixou, Rainha. Hoje você veio e me deixou novamente. Fiquei aqui, deixado. Fiquei assim deixado, pedindo para você voltar e desejando que você sumisse de vez.

Então resolvi ficar. Fiquei sozinho com as lagrimas que não verti e deixado. Triste, amargurado, com o coração em pedaços e deixado. Implorei para que dessa vez fosse para sempre e clamei para que fosse uma ida breve.

Amanha quando o sol se por estarei em outros braços, Rainha, mas com o coração deixado. Nesse momento serei eu, Rainha, que deixarei você. Não lembrarei os momentos maravilhosos que tive com você e esquecerei todos os tristes.

Hoje você me deixou novamente, Rainha. Hoje eu lamentarei por isso. Amanhã eu te deixo.


Indiferente


Rei de Espadas

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Para sempre

Mentirosa Rainha de Copas


Isso mesmo, mentirosa!

Você me mentiu todas as promessas que fez! Todas as promessas!TODAS! E eu engoli todas. Traguei como a fumaça incomoda de cigarro barato. Esperando um prazer que sabia que viria nunca. Nunca Rainha. NUNCA!

Agora estão elas aqui, as promessas, escorrendo pelo meu rosto. Secam mas não cessão. Que inferno, elas não cessão! Esqueci a maioria mas elas ainda doem. Doem tanto. TANTO! Quando vão parar? Essa merda não para? Você não pode ser sincera nem na sua ultima promessa? Você disse que eu não me preocupasse porque passava e porque não passa? Porque essa merda não passa? Porque você não passa? Porque Rainha, você não passa?

Eu sei que errei. Sei quanto errei. Amarguei tanto cada erro. Já não é castigo demais ter te perdido? Eu tento tanto Rainha, me entregar a outra pessoa, mas não consigo. Chega um momento que me canso de enganar alguém que ta tentando me fazer bem e desisto. Mentira! Nunca fui tão bonzinho assim, sou egoísta. Eu me canso é da pessoa. Me canso de olhar para o lado e ver que não é você que esta lá. Me canso de dormir sem teu cheiro e não ser acordado por teu beijo.

Então eu dou qualquer desculpa vagabunda e volto a remoer tudo que você não sente mais por mim. Como o idiota e fraco que sou. Desmerecedor da coroa sobre minha cabeça e até mesmo do chão nos meus pés.

Essa foi a ultima promessa que você me fez Rainha. Que eu não me preocupasse pois ia passar. Porque não passa?

Clemência Rainha! Suplico por sua clemência! Passe na minha vida! Eu só quero que você passe!


Humildemente


Rei de Espadas

sábado, 18 de julho de 2009

Depois de Amanhã

Incomôda Rainha de Copas


Estive longe Rainha. Muito longe mesmo. Não mais longe do que já fui no passado, mas era longe. Fui buscar sapiência para futuro e encontrar vestígios do passado. Um passado mais próximo que o nosso.

Foi bom, não foi ótimo. Conhecer novos lugares, novas teorias, novas pessoas, novos terminais de integração, novos mares. Mas mesmo no meio de tudo isso eu teimo em lembrar de você Rainha.

Tentei pensar em qualquer outra coisa. Juro que me esforcei, mas foi inútil. Quando vi você era novamente dona dos meus pensamentos. Mesmo tão longe novamente eles eram seus.

Você novamente me vencendo. Antes eu diria que era o nosso amor me vencendo, só que vamos ele não existe mais. Então sobra pra você.

Não quero lembrar de você Rainha. Não desse jeito. Muitas vezes lembro de uma forma ate aceitável, mas vez ou outra acontece uma dessas. Lembro e parece que você num vai sair mais da lembrança.

Tenho ao menos a capacidade de saber que você não é mais nada alem disso. Uma lembrança. Memórias e pensamentos são o que lhe restaram Rainha. Meus sentimentos agora têm outros nomes. Não são mais seus.


Chateado com a própria memória


Rei de Espadas

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Pela manhã

Lembrada Rainha de Copas


A cada dia as coisas vão ficando diferentes, Rainha. Vão ficando melhores no meu ponto de vista. O seu me interessa cada vez menos. Você se torna uma lembrança cada vez mais distante a cada passo que dou. Estou andando cada vez mais rápido, é bom que saiba.

Vi uma foto sua por esses dias. Como sempre meu coração lhe reconheceu primeiro que eu. Avisou-me aos saltos. Bem certo que ele saltou bem menos de que costumava fazer. Bem menos mesmo. Olhei a foto, olhei novamente para meus olhos ter certeza e achei que você não estava tão bonita quanto eu te achava antes. Claro que continuava muito bonita, mas não tanto quanto antes.

Pensei ser despeito meu então pedi opiniões alheias. Vi que não estava tão errado. Possivelmente a foto lhe desfavoreceu e a moça do seu lado apagou um tanto do seu brilho Possivelmente eu não veja mais tanto brilho em você. Possivelmente, possivelmente...

Nem passei muito tempo pensando em você depois de ver sua foto. Olhei, vi e esqueci. Só vim lembrar novamente quando estava no templo sagrado da filosofia, o ônibus. Apenas lembrei de ter visto a foto e quanto o choque de ter te visto foi tão pequeno desta vez. Nada mais daqueles melodramas de abandono, saudade...

É Rainha, o tempo esta passando. Não mais para traz e sim para frente dessa vez. Tenho medo de onde isso vai dar. Já estava me acostumando com a situação e finalmente tudo muda. Você não mais me causa tanta causa, tenho uma nova Rainha, é bem capaz de amanha nos vermos por ai e simplesmente inclinarmos as cabeças e dizermos “Bom dia”. Pelos D’uses todos como tive medo que um dia esse dia chegasse, mas hoje até duvido se não quero que ele venha.

Mando novidades em breve, agora tenho que dar a minha nova Rainha os mimos que um dia você recebeu.


Renovadamente


Rei de Espadas

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Daqui a 4 séculos e trinta e cinco segundos

Vencida Rainha de Copas


Ah Rainha, consegui novamente. Na verdade consegui bem mais do que esperava. Pensei tantas vezes em não ir, mas respirei fundo tomei coragem e fui. Pus uma roupa confortável, que minha mãe odeia, mas me faz ficar bem comigo mesmo. Coloquei uma muda de roupa na bolsa que me acompanha no dia-a-dia. Peguei um pouco de dinheiro. Nada de extravagâncias. Chegando à estação comprei uma revista, subi no ônibus e fui...

Para enganar meu medo puxei conversa com uma senhorita que sentou ao meu lado. Veio de longe em busca das mesmas coisas que eu, mas sua viagem ia mais alem que a minha. Tentei dormir ao atravessar as serras estrangeiras, mas não consegui (aquela velha tensão de sempre). Então me pus a ler a revista que comprei. Deu certo quase não senti medo e mais importante não penei em você.

Cheguei lá e tudo estava frio, muito frio. Ao chegar à casa de meus anfitriões recebi calor suficiente para tomar ate mesmo um banho frio. Fui muito bem recebido, mas não foi desse calor que falo Rainha. Recebi algo intenso quando olhei uns olhos brilhantes que estavam lá. Apenas estavam lá sabe, daquele modo, como um ponto que transforma um retrato numa fotografia. Perdi-me naquele olhar, mas fingi está bem achado. Você sabe que finjo bem essas coisas Rainha, você sabe.

Conversei, ri, brinquei e até me mostrei um pouco, na tentativa de causar o mesmo efeito naqueles olhos. Retirei-me para me trocar com a sensação de trabalho bem feito. Saímos separados, mas na promessa de nos encontrarmos entre os demais. Depois de todos juntos arrumamos um meio de estarmos a sós e confirmamos o que desejávamos. De perdido nos olhos dela passei a ser um perdido em sua boca, em seus abraços. Depois de beijar lhe com carinho, ainda com os lábios colados, abrir os olhos e vê-la também me olhando se tornou um vicio naquela noite. Sempre adorei vícios!

Ela me fez companhia durante toda a noite e madrugada a dentro. Conhecemos-nos, descobrimos nossas semelhanças, nossas diferenças e tudo parecia ser um encaixe perfeito.

A manhã veio e eu parti. Antes de subir no ônibus novamente olhei para trás e tive a certeza de que ia voltar. Que atravessaria mil vezes as serras e meus medos para olhar naqueles olhos. Sentei-me próximo a janela e fiz questão de que sua cortina estivesse bem aberta, olhei cada segundo de minha travessia de volta e ela nunca me pareceu tão rápida.

Sai para encarar um medo e buscar efemeridades Rainha. Assim como César, Veni, vidi, vici. Venci meus medos e despojei as efemeridades por algo que promete ser bem mais sublime. Voltarei em breve e ela me espera.

Cresço a cada dia Rainha. Me supero e vou em frente. Sempre...


Vitoriosamente


Rei de Espadas

sábado, 27 de junho de 2009

Daqui a 4 séculos

Graciosa Rainha de Copas


Novamente terei que atravessar as serras estrangeiras Rainha. Na verdade tenho feito muito essa travessia nos últimos séculos. Virou algo opcional já. Vou em busca de varias coisas: emoção, amor, disputas, paixão, devaneios, efemeridades...

Apesar de sempre conseguir o que fui buscar, todas as vezes foram uma aventura. Aquele meu velho medo de cruzar as serras continua, não passou. Lembra as vezes que passamos juntos por elas? Você segurava minha mão, eu respirava fundo e fazia alguma piada sobre os túneis fingindo que nada acontecia. Só você sabia o quanto eu esteja com medo, só sua mão sentia minha tensão naquele momento. Isso era suficiente para que o medo não fosse tão externo.

Tive que aprender outras formas de esconder meu medo Rainha. Conformei-me que ele não iria embora e resolvi apenas não mostra-lo aos outros. Para tal sai inventando todo tipo de passatempo para aqueles malditos segundos que passo entre aqueles túneis. Tento dormir, leio, converso com qualquer um que esteja ao meu lado, bebo. Qualquer coisa ficou valida para compensar sua ausência durante meus momentos quase inexistentes de medo.

Hoje lembro com graça dessas situações Rainha. Eu, um rei ainda mais de espadas, com medo de cruzar uns montinhos. Ao menos nunca fui de me render, muito menos aos medos e a cada oportunidade que eu tinha de encara-lo eu o fazia com mais vontade. Nas primeiras vezes você fez muita falta, depois passou a ser um desafio não só a mim, mas a dependência de você. Como um bom guerreiro eu venci todas as batalhas e batalhas sem tensão não é batalha.

Hoje eu olharei meu medo de frente novamente Rainha. Olharei bem nos olhos dele, como fazia quando queria me ver nos seus olhos. Não lembrarei de você. Erguerei a cabeça e lutarei, sempre luto. Como premio receberei as dádivas da alegria do pos serra. Ficarei feliz, apaixonado e terei todo tipo de emoção que só poderia receber depois de uma grande batalha. Não precisarem de você e nem terei lembranças suas. Comemorarei como o herói que sou. Serei um rei, não terei uma rainha é verdade, mas não me faltará companhia. Vencerei mais uma batalha Rainha. Vencerei sem você.


Sempre pronto a guerra


Rei de Espadas

terça-feira, 16 de junho de 2009

50 centavos de minuto

Paciente Rainha


Ah Rainha! Ando tão só ultimamente. Não só, sem ninguém. Só comigo mesmo. Sabe aquele banzo que me batia às vezes? Aqueles momentos em que nada me satisfazia, tudo era chato? Pois estou assim novamente.

Lembro que você detestava isso, mas tinha suas maneiras bem sutis de reverter esse processo. Você sempre teve o dom de me deixar a vontade com as coisas. Eu sempre com esse modo “de espadas” de ser e você me encobria com seu ar “de copas”. Dessa maneira tudo ficava mais suave, menos tenso, mais colorido. Que poder é esse, Rainha que você tinha sobre mim? Por que não encontro mais ninguém que me faça isso?

Encontrei pessoas que suportavam o peso das minhas lamentações, outros que me traziam alegria, satisfação, tranqüilidade, um sorriso... No entanto, nunca mais apareceu ninguém que conseguisse fazer tudo isso junto e de forma tão sutil como você.

Quanta saudade, não de você mais do que você me causava... Quanta saudade Rainha, do toque da sua majestade.


Melancolicamente


Rei de Espadas

quarta-feira, 10 de junho de 2009

12

Enxerida Rainha de Copas


Esta chegando o dia dos namorados Rainha, não que esteja dando a mínima (como nunca dei mesmo) apenas lembrei como reagíamos a essas datas comemorativas. Você ficava eufórica e eu nervoso. Você queria sempre que eu te fizesse uma surpresa, te presenteasse com algo original. Já eu ficava louco sem saber o que fazer, o que comprar. Acabava te perguntando o que você queria ganhar. Você no começo relutava a dizer, fazia manha e tentava me obrigar a pensar em algo. Com o passar do tempo e a data em questão se aproximando você acabava me dizendo para comprar isso ou aquilo uma semana antes da data, depois encontrava outra coisa faltando uns dois dias e possivelmente mais alguma no dia. Nisso eu era obrigado a comprar de dois a três presentes em cada data para compensar minha inabilidade e criatividade para te causar uma surpresa.

No entanto, eu, várias vezes independente de data, lhe fazia uma surpresa. Via algo na rua que sabia que você ia gostar e levava para você. Sempre que algo me lembrava você, se eu sabia que você ia gostar ou que você já tivesse comentado cruzava meu caminho eu fazia questão de lhe levar. Você fazia uma cara maravilhosa Rainha. Um sorriso que me valia qualquer esforço. Carinhos que me deixavam aéreo. Dengos e beijos que com certeza não esqueço.

Já você acertava sempre. Sabia o que eu gostava e o que eu precisava. Por mais que eu não gostasse do presente ele teria utilidade marcante no meu dia-a-dia.

Não me livrei dos seus presentes quando você se foi. Ainda mora no meu quarto um gnomo zombeteiro que me olha com uma cara cínica, me dizendo que já te tive, mas te perdi. Maldito gnomo! Pior que não consigo me livrar dele. Espero que alguns presentes meus ainda ornem seus aposentos.

Pois bem, para mim as coisas não mudaram muito. Acho que só a intensidade mudou. Algumas coisas para mais outras para menos. E vem chegando ai mais um dia dos namorados... e o jogo vai ser outro...


Somente


Rei de Espadas

terça-feira, 2 de junho de 2009

Pós crise da era mesozóica

Pedante Rainha de Copas


Acho que você não anda entendendo minhas cartas Rainha. Lhe percebi muito envaidecida com elas por esses dias. Envaidecida ao ponto de ligar pensando que tudo estava certo. Isso devia passar longe do seu pensamento Rainha. Bem longe.

Gostaria de lhe lembrar que essas cartas não são para você diretamente e que eu nunca cheguei a envia-las. Se não foram enviadas, você nunca recebeu. Então porque vossa majestade dar-se a tamanho atrevimento para comigo. Não somos íntimos para me ligar em horário tão inconveniente e como passo meus dias ou gasto meu tempo não lhe condiz.

Grosso sim Rainha! A níveis estúpidos e com devido merecimento a cada tom acrescido na minha voz. Aproveitei para descontar alguns momentos

que não pude responder. Como as invasões a minha pagina na internet, as indiretas aos meus amigos, os conluios com minha mãe...

Sua vida deixou de me interessar a muito Rainha, você devia perder o interesse na minha também. Cuide melhor do seu tempo, do seu Valete de Paus que eu to fazendo a minha parte. Meu tempo esta sendo absorvido pela intensidade e a cada dia a nova carta que lhe falei se firma como nova Rainha do meu baralho.

Espero ter sido bem compreendido e que você entenda que isso é o melhor para nos dois.


Decididamente,


Rei de Espadas.