quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ontem a noite

Mística Rainha de Copas


Sonhei novamente contigo, Rainha. Não foi um pesadelo, como das outras vezes. Toda via, também não foi um sonho bom. Foi só um sonho daqueles sem muita lógica. Na verdade, você, em pessoa, nem apareceu nele.

Uma mulher apareceu na minha casa, acompanhada de um parente distante. Eu sabia quem era ela, mas sempre a chamava de um nome diferente. Para cada nome que eu a chamava ela atendia dizendo um apelido para o nome. Se Gloria, mãe Glorinha. Se Vera, mãe Verinha. Sempre com esse mãe antes do nome.

Depois dessa confusão do nome ela me sorriu e abraçou. Durante o abraço chegou bem perto do meu ouvido e falou bem baixinho:


- A Rainha de Copas ainda te ama.


A larguei de imediato dizendo não ter gostado da brincadeira. Fui como um raio para meu antigo quarto. Nosso antigo quarto. O primeiro, não o ultimo. Ela me seguiu. Entrou no quarto, expulsando todas as outras pessoas que estavam nele e fechou a porta. Deitou-se na cama comigo e disse ter lhe encontrado por ai. Disse ter conversado com você e tinha ouvido da sua boca, que você ainda me amava.

No sonho, eu sempre me negando a acreditar e ela sempre insistindo. Curioso que ao olhar para ela eu lembrava de algumas pessoas que conheço. Mais curioso ainda é o fato que não confio em nenhuma das pessoas que lembrei olhando para ela.

Acordei atrasado para minhas obrigações do dia. Chateado e achando que aquele dia que já não começava bem, seria ainda pior, visto que eu o passaria lembrando você a cada instante.

Estava errado, o dia foi menos ruim do que eu esperava. Mal lembrei de você. Só no fim da tarde, quando tocou uma canção que gostávamos, você me veio a mente. Uma que usávamos para fazer brincadeiras com o modo de vida um do outro, já que insultava modelos e bandas de rock.

Assim passou mais um dia que eu pensava que perderia para você, Rainha. Não o fiz. Como os demais ele passou e eu agradeci por ele ser tão normal.


Ceticamente,


Rei de Espadas

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