quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Relógio parado (nem para frente, nem para trás). Madrugada (pelos apitos).

Benevolente Rainha de Copas


Essa semana esta sendo de lembrar você, Rainha. Após um ótimo fim de semana acordei atrasado na segunda-feira e seus olhos passando por meu caminho me despertaram.

Logo depois, uma musica me lembrou o estado em que fiquei quando vossa majestade me deixou. Outra lembrou nossos tempos áureos. Isso tudo ainda indo para minhas obrigações.

Após o almoço, comi os biscoitos que comprava para você e meu irmão comia antes. Lembro de você cheia de manha a reclamar. Sabia que nem era pelos biscoitos, mas só para fazer “aquela” cara, falar “daquele” jeito e me ver te defendendo e acalentando.

Durante a tarde, mais musicas. Cheguei mesmo a acreditar que você tivesse, de algum meio, influenciado a aleatoriedade das rádios. Ou que todas as musicas do mundo me lembram você.

A noite ao sair do trabalho revi seus olhos. Pensei em escrever, se te escrever e se enviar desta vez. Desisti dos três.

Antes de dormir ainda pensava em você, ainda o fato de escrever ou não. Acabei optando pelo sono e te encontrei nele. O engraçado é que tenho certeza que sonhei com você, só não lembro o que houve no sonho.

O dia seguinte começou parecido. Continuo parecido. Toda via, tenho fé que a semana termine logo. Afinal hoje já é terça-feira.

Espero por um bom tempo sem lembrar você para compensar estes dias.

Esperançoso de não mais sonhar com vossa majestade.


Rei de Espadas

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

35° no relógio de sol (de volta a realidade normal)

Radiante Rainha de Copas


Meu novo vicio é olhar traseiras de ônibus. Isso mesmo Rainha, começo essa citação com essa informação aparentemente inútil. Apostando na sua inteligência, acredito que você já saiba o porque.

Vê aqueles olhos nos outdoors mexeram comigo, Rainha. Aquele olhar que nem é para mim, me faz parar alguns minutos. Sair do ar mesmo. Fico pensando o que fez aqueles olhos passarem tal tom de sorriso. Me vem o de eu ter passado naquele pensamento, Rainha. Quem sabe ate ser seu motivo principal.

Minha falta de humildade é grande, Rainha, mas não a esse ponto. Tenho quase toda de que nem passei perto daquele momento. Nem mesmo em pensamento. No entanto, isso não me impede de apreciar o olhar. Me vejo parado no meio da rua admirado, quando passa um ônibus com aquele olhar na traseira.

Sei, para meu bom grado, que meus vícios duram pouco. Mesmo trazendo certos prazeres, espero que esse também passe de forma breve. Pode ate demorar um pouco, mas que passe.


Extasiadamente


Rei de Espadas

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Outras eras (Realidade alternativa)

Duvidosa Rainha de Copas


Ai você me vem e pergunta Rainha se o que você hoje sente é carência ou amor?

Sabe que eu não sei responder. Na verdade, você espera que não responda. Procura apenas me deixar no desembaraço. Sinto em lhe dizer Rainha, você não conseguiu dessa vez. Esqueci de te ensinar que me deixo ser embaraçado apenas como mais uma arma de sedução. Nada mais que isso e você não merece mais essas coisas.

Quer saber a diferença entre os dois, Rainha? É simples! (Adoro coisas simples)

Amor é o que você me negou. É o que eu te propus. Amor é algum que, na sua visão pequena e fútil de união, de relacionamento, você nunca vai chegar a ver. O amor não se encaixa nesses seus joguinhos de ego, afinal de contas ele é para dois.

Carência é diferente. Você pode ver carência nos meus olhos, Rainha. Carência é a falta de tudo que você me negou e acabou negando a si também. Carência, Rainha, é você deitada na minha cama perguntando porque sou tão desapegado.

Como já havia lhe dito, não sou uma boa pessoa para te dar essa lição, mas espero ter ajudado.


Solidariamente,


Rei de Espadas

domingo, 13 de setembro de 2009

Um piscar de olhos

Onipresente Rainha de Copas


Vi seus olhos vagando pela rua, Rainha. Em umas das minhas andanças pelos reinos tais, vi seus olhos vagando pela rua. Isso me deixou contente, juro. Me bateu uma nostalgia, um saudosismo. Mas tudo muito saudável. Mostrei a alguns amigos; “olha os olhos da Rainha de Copas” e elas me perguntaram como eu sabia que era você. Respondi que apenas sabia, conhecia muito bem os olhos que amo. Só depois que me toquei da naturalidade com que falei isso. Desculpa ta te enchendo com essas abobrinhas, nem faz muito sentido eu te falar isso. Acredito que não faça mesmo.

Bom Rainha, as noticias são outras. Tão inúteis quanto essa esta. Novamente me decepciono comigo em relação a tentar partir para outros relacionamentos. A muito que deixei de tentar te esquecer e resolvi apenas conviver com sua falta e tentar continuar minha vida. Te amar não me impede de conhecer outras cartas, me envolver com elas e acabar formando um bom par. Mas parece que não estou tendo muito êxito.

A Rainha de Paus que conheci recentemente me entediou rapidinho. Tentei algum com uma Dez de Copas... já da para imaginar no que deu (continuo com pé atrás com os dez). Depois conheci uma Nove de Ouros, ótima carta, nos demos muito bem. Boa conversa, boa interação, mas não sei porque sai um dia para vê-la e quando voltava para casa vi que não queria mais vê-la. Não consigo entender isso em mim. Juro que não consigo, Rainha.

Agora conheci uma Rainha de Espadas de um reino tão distante quanto o meu. Quanto isso vai durar, dias, semanas? Eu queria que desce certo com alguém Rainha. Não para por no seu lugar (já cheguei a certeza que ele é seu mesmo), mas para me da oportunidade de estar com alguém. De não estar sozinho.

É isso Rainha. Acho que já gastei muito do seu tempo. Acredito que nem tenho direito a isso, mas fiz e provavelmente farei de novo.


Se sentindo um tanto descartável


Rei de Espadas