terça-feira, 27 de abril de 2010

As tropas alemãs invadem Atenas.


Desejada Rebecca Rainha de Copas


É certo que Vossa Majestade e eu já entramos em comum acordo de que eu realmente necessito me levantar com raiar do dia e deixá-la só em nosso leito. No entanto, como digo algumas vezes: "compreender não é gostar".

Hoje pela manhã, apos beijar seu rosto e apertar sua mão entre meus dedos, te olhei ainda adormecida. Apesar de ter a imagem gravada como em pedra na minha memória, as palavras que conheço não são suficientes para descrever. Fiquei te admirando. Linda, com os cabelos dourados caindo sobre o rosto.

Fui em direção a porte e voltei a te olhar. Nunca me doeu tanto te deixar ali. Nunca foi tão difícil dar os passos e se aproximar da porta. A realidade me chamava. Todavia, não conseguia abrir mão daquele mundo utópico, perfeito, onde só havia você e eu, nos amando infinitamente.

Foi difícil te deixar Rainha, muito difícil. Ainda não sei se devo ter admiração da minha força por superar o desejo de ficar ou me lamento por não ter jogado tudo para ar em virtude daquele Éden.

Fui Rainha, com o coração pesando toneladas, mas fui. Pesa ainda mais o fato de saber que terei que ir outras e outras vezes.


Desejosamente


André Bezerra

Rei de Espadas

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dia do Índio


Estonteante Rainha de Copas


Por esses dias ando sem palavras para descrever meu maravilhamento em estar ao seu lado. Não me encontram as palavras para citar sua beleza, sua sagacidade, ternura e como estar em sua presença me causa as melhores sensações.

Quero que Vossa Majestade esteja ciente que a ausência destas descrições não se arremete a fatos como o da perda de encanto. O que na verdade ocorre é que esse encanto se estendeu a tal limite que este mero monarca de espadas não mais consegue alcançar com as palavras.

Cheguei ao ponto não saber mais descrever o que sinto, mas me vejo digno de duras penas. Acredito Rainha, que meus os grandes mestres das belas artes não conquistaram descrever os sentimentos e emoções que Vossa Majestade me desperta.

Então Rainha, quero que tenha a certeza, de que quando olho dentro dos teus olhos e calo é porque acredito que não há palavra no mundo capaz de descrever o mínimo de arrepio que sua presença me causa.

Éis agora minha necessidade Rainha, inventar uma palavra que seja plena fiel a tudo de grande e bonito que sua magia me causa.


Encantado


Rei de Espadas

sábado, 17 de abril de 2010

5 dias para comemoração dos nativos

Excluída Rainha de Copas

Mais um dia de conclusões se fez Rainha. E um dia meu de conclusões não estaria completo se não houvesse nenhuma conclusão a seu respeito.

Em meio a tudo que aconteceu recente, voltado em minha nova vida e aos problemas de meu reino, eu conclui que agora posso dizer que t esqueci por completo. Você deixou de ser culpada, inocente, pecadora, vitima, traidora, dissimulada, louca, santa, violada... Vossa a majestade agora é uma memória vaga. Por poucas vezes um exemplo.

Vi-me em meio às indagações dos meus sentimentos, das minhas necessidades e desejos e todas elas voltadas para uma nova pessoa. Uma nova Rainha. Você nisso tudo, apareceu apenas como exemplo de situações e passagens que não tenho o mínimo anseio de reviver.

Hoje tenho na vida a quem dedicar tudo que já foi seu. Alguém que fez por merecer e, por mais que ainda não saiba o usar de maneira adequada, se mostrou satisfeita em recebê-lo e se mostra solicita a mais.

Dentro de todas as indagações, em nenhuma eu procurei mais o que tive com você ou no seu tempo. Não mais m interessa o que foi nosso, busco um novo meu divido com uma nova Rainha. Quero o meu e dela, sem nenhuma sombra do que você ou qualquer outra tenha me proporcionado.

Chega do passado e suas lamurias. Luto pelo presente e desejo que ele se faça futuro. Quero formar meu novo baralho, onde eu Rei serei Rei e minha Rainha não será nada maior ou menor que uma Rainha. Abro mão da perfeição, dispenso a utopia.

Quero os bens e maus que a vida me proporciona. Quero os bens e maus que minha Rainha me proporciona. Não quero mais sentar em meu trono e olhar para o lado para apreciar um manto e uma coroa. A vida que você me proporcionou não mais me interessa. Ao lado da mina Rainha sou mais. Busco ser mais. Mais tudo, até mesmo mais “real”. Isso mesmo real. Algo que amplia o verdadeiro. Pois o verdadeiro cria possibilidade da mentira, mas o real só dispõe da criminalidade do falso.

Quero o toque de suas mãos, seus sorrisos, suas vitorias. Toda via, quero estar presente para aparar suas lagrimas, consolar suas derrotas e a apoiar e suas crises. Encontrei quem me trouxe vida Rainha. Algo que você não conseguiu me dar. Não imagino se você tenha tido tal experiência, mas creia que “realmente” ela é maravilhosa.

Realmente

Rei de Espadas

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Algumas horas para a passagem


Desprovida Rainha de Copas


Por esses dias Rainha, completa-se mais um ano que nos deixamos. Mais um ano que você me deixou na verdade. Nesse meio tempo eu esqueci muita coisa. Esqueci muita coisa que vivemos, esqueci de você e muitas vezes, quase todas as vezes, eu esqueço até de lembrar de você.

Há sempre o "quase" certo? Lembro de você nas datas em que costumávamos guardar. Os dias que chamávamos "dia da gente" acabam sempre por se ascender na minha memória quando passam. Dessa vez nada de diferente. O "dia dagente se distanciar" também alumiou na memória e hoje lembro que você me deixou e porque me deixou.

A sensação vem sendo diferente a cada vez. Hoje não há sofrimento. Apenas uma nostalgia barata que nem aflige, nem emociona. Hoje lembro mais de como passei esse dia nas ultimas vezes, do que como cheguei a esse dia ainda com você e terminei sem.

Percebi que por todas às vezes, pós você, cheguei a esse dia numa cama alheia e o terminei só. De forma acidental, sem premeditações. Acordava, olhava ao lado e tinha alguém que não era você, olhava o calendário e era aquela exata data.

De primeiro eram apenas companhias momentâneas, interesses de hora, aventuras, acasos. Até que, com o tempo, o tempo entre olhar a pessoa ao lado e olhar o calendário foi ficando maior. Até hoje, quando não mais olhei o calendário.

Descobri a data apenas ao chegar as minhas obrigações. Alguém disse "hoje é Hoje majestade" e eu percebi que realmente era. Lembrei que era e voltei a dividir meus pensamentos entre as obrigações que me exigiam e a Rainha com a qual despertei para o dia. Você se tornou assim passagem e não marcação.

Estarei novamente só no fim do dia. Andarei um pouco, tomarei um bom lanche e pensarei na minha Rainha agora distante. Na minha Rainha. A que me fez despertar nesse dia como um desabrochar. Na Rainha que me presenteia com sorrisos, me entorpece com seus carinhos e me eleva com seus beijos.

Já você, a Rainha que me trouxe dor e desprezo, virou lembrança num estante do meu dia, numa fuga. Não te esquecerei por piedade. Não! Eu não te esquecerei por gratidão. Não fosse assim, tudo seria diferente. Amanhã nem te lembro. Não lembrarei. A distancia levará meus pensamentos apenas a minha Rainha e no seu dom de imperar, ela o fará sobre eles.

Então me diga você Rainha de Copas: Como é imperar sem coroa, sem império e sem rei? Eu não consigo ter a mínima idéia da sensação.


Majestosamente,


Rei de Espadas