sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Dia de Parvatti Devi

Questionante Rainha de Copas


Faz algum tempo Rainha (não muito na verdade) que tudo deixou de ser uma questão de gostar ou não de Vossa Majestade. As tramas tomaram outras vertentes e estar na corte de Copas ao seu lado passou a ser uma questão de se eu gosto ou não de mim.


Não diminuindo a importância do que sinto por você (por favor, não pense diferente). Todo que já foi dito e sentido não vai às águas com meus questionamentos de agora. Mas passei a dar a importância devida a um lado desses sentimentos que havia negligenciado. Para gostar de qualquer pessoa Rainha se faz necessário gostar de si mesmo.


Não pense que estou dizendo que Vossa Majestade passou a ser segundo plano, apenas decidi que eu não posso estar em segundo plano na minha própria vida, no meu próprio jogo. O maximo que posso oferecer, o maximo que devo oferece e lhe ofereço é que dividamos entre nos esse tão desejado primeiro plano.


Então Rainha não se ponha a pensar que eu a preteri apenas por não querer mais ser preterido por mim mesmo. Tira da mente a idéia de que amo menos Vossa Majestade só porque acredito que devo me amar mais.


Amor é poço sem funda Rainha, e quanto mais se tira mais se tem para tirar. Resolvendo me amar mais vou me sentir disposto e digno a ter amar mais. E com seu esforço de retribuir se deixando amar, se amando e me amando (exatamente nessa ordem) não teremos limites nem primeiro ou segundo plano. Teremos apenas amor.


Crescendo


Rei de Espadas

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Batalha de Chattanooga

Rainha de Copas

Eu estou com saudades Rainha. Saudades de tudo que a gente viveu. Ate mesmo das brigas e ciúmes e posses. Tudo em você ta me dando saudades hoje. Uma nostalgia, um sentimento de tempo, de distancia.
Vejo algumas fotos suas e lembro-me dos momentos em que adorava ficar te olhando o rosto, em que te desejava ao olhar seu corpo. No que você apontava um defeito quase invisível que só fazia com que você ficasse mais linda.
Hoje, mas só hoje, minha luz é o brilho dos seus olhos, minha cor favorita é o tom convidativo da tua boca. Minha inspiração se perde na lembrança do teu sorriso, teus seios, tua cintura e teu ventre.
Hoje, mas só hoje, meu dia será teu. Será de lembrar-me de seus afagos, seus beijos, seus abraços e suas caricias.
Hoje, mas só hoje, que nem você ninguém mais pode haver.
Hoje, mas só hoje e eu não lembrarei que amanhã para mim também será hoje.

Nostálgico

Rei de Espadas

sábado, 20 de novembro de 2010

Meia-noite para as 5 da tarde


Rainha de Copas

Ao som de "Te ligo ofegante e digo confusões no gravador" eu lembro que ainda sei o numero do seu telefone decorado. Eu, que por vezes nem lembro nome da pessoa com quem estou falando, lembro do numero do seu telefone. E não preciso nem arriscar, checar em agendas tenho plena convicção que o numero é esse. Na verdade, por mais que quisesse por a prova não poderia. Sei que não escrito em lugar nenhum do meu mundo o seu telefone. Mas minha certeza na minha memória falha me é suficiente.
O questionamento é mais um Porque eu lembro? do que um É esse o numero mesmo?. Eu fico querendo me iludir com qualquer resposta que satisfaça meu orgulho e minhas convicções de ontem onde você não existe. E consigo por diversas vezes.
Te esqueço tão bem por esses dias. Mais fácil do que te amava no nossos dias. Hoje lembro de você, olho para o horizonte e te esqueço. Dessa forma mesmo. Sem mais nem menos. Não cabem mais lamentos e lamurias na minha vida, principalmente os vindos de você.
Sei que agora lembrei seu telefone. Me engano fingindo que não sei bem o porque de ter lembrado. Não ligo. Claro que não ligo, porque deveria fazer? Olho para o horizonte e espero a próxima brisa leve que vem de um vento sudeste e que leve mais essa lembrança de você.
O ódio é mais uma faceta do amor. O contrario do amor é o esquecimento.

Rei de Espadas

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Atentado da Pólvora

É triste admitir Rainha, mas é necessário: fui usado por Vossa Majestade. Vitima dos traumas que outros lhe impuseram e alvo de suas vinganças pessoais contra os mesmos. Você não percebeu que eu era outra pessoa, outra carta. Eles e eu somos todos cartas de um baralho de costas azuis, mas temos diferenças. Naipes e valores fazem de um Rei de Espadas diferente de um Valete de Paus e um Rei de Ouros.

Passando por cima dos meus pedidos e clamores, Vossa majestade direcionou e sentenciou a mim toda a raiva e medo do seu Valete de Paus e me condenou a todas as frustrações lhe impostas pela majestade egoísta do seu Rei de Ouros. Não houve por mim, em momento algum, a consideração de ser visto como alguém pessoal, único e novo em seu baralho.

No todo, Vossa Majestade não se deu a oportunidade do recomeço. Não fez de mim a oportunidade de ter tudo novo e se prendeu a continuar e "consertar" em mim todo os erros de outros no passado. Fui vitima de desconfiança, distancia e defensivas por crimes que não cometi e que meu caráter não permitiria cometê-los.

O que lhe propus foi: Vossa Majestade ser Rainha e eu Rei, cada um de seu naipe, cada qual em seu reino, apenas no mesmo jogo e sempre que possível na mesma mão. Não quis jamais juntar nossos reinos e imperar sobre o seu, aparentemente mais rico e prospero que o meu. Não me interessava jogos nem batalhas onde fossemos adversários. Nunca me interessou expor qualquer força que tivesse sobre você. Nunca quis lhe vencer pela força porque nunca quis uma vitoria só minha no que se refere a Vossa Majestade.

Sinto por não ter como acatadas todas as oportunidades de assim fazer. Sinto pelas vezes que fui impedido de fazer mais brilhante nossos raiar do sol depois do meio dia. Sinto pelas noites de prazer sagrado que Vossa Majestade não me permitiu proporcionar.

Por outro lado fui também o intermédio para um autoconhecimento seu; físico e sentimental. Certos prazeres e sentidos que Vossa Majestade confirma que passou a conhecer através de mim. Certas intimidades que somente em mim você achou espaço e lugar para repousá-las. Nisso me sinto especial e encantado.

Agradeço pelos momentos, juras e brilhos de olhares. Agradeço por tê-la em meus braços, por afagar seus cabelos, acordar ao seu lado. Pelos sorrisos ao abrir a porta de um modo todo especial, pelos abraços e beijos que me fizeram sentir os sabores do paraíso.

E nessa gratidão Rainha, vejo em Vossa Majestade todo o potencial para fazer diferente tudo que fez. A força para deixar o passado no seu lugar e viver o presente projetando o futuro e me dá a oportunidade de ser para Vossa Majestade apenas o que sou e não o que outros foram.

Ouro e outros coisas Rainha, são frívolas e efêmeras se comparadas ao que temos. Nossas verdadeiras riquezas são invejadas pelas pessoas mais afortunadas e não a nada material que possa paga-las. Nunca poderei pagar pela ternura em seus abraços, assim como Vossa Majestade nunca poderá me pagar pela paixão em meus beijos. Somos devedores um do outro e me sinto muito feliz pela divida que acumulei com Vossa Majestade e tenho o desejo de aumentá-la. Estou disposto a permitir que Vossa Majestade também aumente a sua.

Adiante

Rei de Espadas