segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Dia de Nanny Blue

Cordialmente a Rainha de Copas


Vossa Majestade completa-se hoje 5 dias que não tenho noticias suas. Cinco dias sem contar os dias em que Vossa Majestade esteve em viagem a terras tão distantes que mal teve oportunidade de dar noticias. Também abandonei as esperanças de tê-las. Gostaria que de alguma forma Vossa Majestade soubesse que não guardo nenhum tipo de ressentimento com sua pessoa. De forma que, junto a tudo de bom que um dia dediquei a Vossa Majestade, hoje passo a guardar uma medida significativa de decepção.

Não consegui manter algo que me vangloriava em nossas conversas. Criei sobre sua pessoa uma serie de expectativas, que você não pode (ou não quis) corresponder. Não a culpo, Rainha. Gostaria que Vossa Majestade tivesse essa certeza. Não consigo ver nenhum tipo de obrigação que Vossa Majestade tivesse de atingir qualquer dos meus anseios sobre sua pessoa.

No entanto Rainha, minhas condições como ser humano me obrigam a verter, no mínimo, certa magoa contra Vossa Majestade a respeito deste episodio. Novamente minha falha no que diz respeito às expectativas acarretam tão sentido.

Minha magoa Rainha, se deve a expectativa de maior... nobreza (não consigo pensar em outra palavra) de sua parte. Esperei que não momento que minha companhia não mais fosse de seu agrado, eu fosse meramente informado e solicitado a me retirar de tão gloriosa presença. Não vejo qualquer dificuldade de minha parte em compreender seu pedido e realiza-lo neste caso.

Seu simples sumiço me causou o desconforto de espera sua que nunca veio. Mesmo por que não mais viria. Novamente outro mal acarretado por minha expectativa banal. Apenas confirmando que qualquer mal oriundo dessa situação não tem outro culpado se não eu mesmo.

Pois bem Rainha de Copas, encontrar vitimas e culpados não vai alterar nenhum dos fatos. Então gostaria de aproveitar a oportunidade para algo mais útil e interessante.

Gostaria de agradecer Rainha, isso mesmo agradecer. Agradeço pelos momentos de carinho e atenção de me dedicou. Os momentos de paciência que desperdiçou comigo. Os potentes golpes em minha carência, hoje tão fragilizada graças a seu empenho. As lições que aprendi por seu intermédio direto e indireto. E mais importante, por sua tão magnífica presença ao meu lado nesses dias. Obrigado Rainha.

Saiba que sempre terá como humilde servo esse Rei de Espadas a serviço de sua tão reluzente coroa. Espero vir a ser de sua valia num futuro próximo e que não haja nenhum tipo de mal entendido sobre minha pessoa a respeito de Vossa Majestade. Caso haja estou sempre disposto a Vossa Majestade para sanar qualquer duvida a meu respeito.


Grato pelo tempo desperdiçado


Rei de Espadas

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

1 milésimo de segundo para o fim do mundo

Passada Rainha de Copas


Hoje me dei conta que devo dar uma organizada nos meus aposentos. Aquilo ta uma bagunça! Acho que você ainda se lembra dele no estado de eu pensar em organizá-lo. Você é especialista em guardar memórias ruins, então deve lembrar. Bem, lembrado ou não, não faz diferença para o que eu tenho a dizer.

Tentando ter uma visão geral da bagunça, vi num canto da prateleira um antigo presente seu. Um livro que, na época, eu queria tanto e que você adiantou uma data comemorativa para me dar.

Uma data que na verdade não existia e agente chamava de “Dia D’agente”. Haviam três no mês, mas só trocavamos presentes no passar de anos de cada uma. Outra informação irrelevante para o que realmente quero dizer.

Indo direto ao ponto, Rainha. Desde que você se foi não olho esse livro. O vejo sempre, mas nunca mais abri suas paginas. Tive vontade algumas vezes, mas não tive coragem. Não sabia bem porque, mas não fazia.

Hoje olhando, de longe, sua barra lateral azul em minha estante, eu descobri porque não o olho. Na contracapa amarela a uma dedicação sua. Sua letra em tinta azul no canto inferior direito. Diferente das dedicatórias normais de quando se presenteia livros, essa é na verdade, uma jura de amor. Um pedido, a quem não sei, de estivéssemos juntos por mais tempo adiante.

Não lembro mais o que está escrito exatamente. Também não tenho coragem de reler. Não tenho coragem nem de abrir o livro (o que é uma pena já que se trata de um livro de gravuras), quanto mais reler o que você me escreveu nele.

No fim, fica tudo estático. O livro fica na estante, vezes me chamando, outras me afastando. Eu, fico na covardia de não abri-lo. E lá fora o sol nasce e se põe novamente.

Esses caquinhos são tudo que resta de você na minha vida nesses dias, Rainha. Breve, não haverá nem eles. Sei que você deve está achando que já ouviu isso antes, mas nunca pareceu tão real quanto agora. Há outra Rainha agora e mesmo se não houvesse, há certeza no meu coração, convicção para o futuro e conforto para o passado. Sou rei. Sou Rei de Espadas e tenho isso a honrar e honro.


Caminhando para o futuro


Rei de Espadas

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Lançamento do Brasilsat A1

Saudosa Rainha de Copas


Acho que Vossa Majestade me afetou bem mais do que eu acreditava, Rainha. Chegou até mesmo a alterar meus pontos de vista sobre algumas situações.

Agora mesmo, estou me sentindo com todo aquele seu "in malam partem". Mesmo depois dos bons momentos que tivemos horas atrás, só consigo pensar nos séculos a seguir em que estaremos tão distantes.

Cada demonstração de carinho, jura, caricia, evanesce sob o julgo maligno da distancia que se aproxima. Nem as efemeridades das festividades que se aproximam me consolam de passar toda essa eternidade longe do seu abraço, sem sentir o seu cheiro.

Quanto tempo demora para passar 10 dias Rainha? Sem você acredito que demoraram milênios.


Desejoso por um abraço seu


Rei de Espadas

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Dia da Saudade

Rainha de Copas,

Acordei ainda com a memória dos nossos momentos juntos. Fiquei todo desejoso que tivesse me acordado no dia de ontem novamente. Vi que me desejo não iria se realizar, então resolvi despertar de vez. Ao me levantar, senti uma dor no ombro, nada com o que se preocupar, mas até a dor me lembrou você. Fiquei a imaginar se não teria sido o peso dos seus sonhos durante o sono encostado em meus braços.
Sai de casa e olhei para o céu. O vermelho parecia mais vermelho, o amarelo mais amarelo, o azul bem mais suave e o verde um tanto fechado. A praça do antigo mercado de escravos até perecia um bosque sob a ótica dessas novas cores.
Olhava para os lados e sentia uma necessidade estrema de conter. Passava-me na cabeça que eu podia tudo. Estava imortal, onipotente e irresistível e tinha toda obrigação do mundo de não expor isso para salvar os demais que passavam.
Ah Rainha. A quanto esperei por um momento como esse. O carinho, a atenção, a cumplicidade, tudo muito bem dito por forma de olhares e sorrisos encantadores. Tudo tão intenso, e como tudo que bom, tão rápido. Mal vi o passar dos anos e quando me vangloriava de que ainda teria mais daquilo tudo nossas vidas nos chamaram de volta ao mundo dos frívolos e desencantados. Como prolongaria aqueles instantes por séculos e séculos, Rainha. Chego a acreditar que toda uma eternidade não seria suficiente para extinguir meu desejo.
Lembrar de cada momento e cada detalhe assim como desejar uma nova oportunidade é o que me resta daquele sonho de verdade.

Desejosamente



Rei de Espadas