sexta-feira, 29 de maio de 2009

06:21 am

Manhosa Rainha de Copas

Interessante Rainha como as coisas são, quando a vida quer nos lembrar das coisas ela se esforça e faz lembrar mesmo. Nessa semana estive meio carente, meio abandonado. Acho que você ainda lembra esses ataques de carência que tenho vez ou outra. Então, no meio disso tudo, eu só via em meu caminho casais. Nunca achei que eram tantos e nesses tempos mais modernos fazendo tantas caricias em publico.
Ah Rainha, só consegui lembrar de você. Senti falta dos abraços no meio das vias, dos beijos em escadas rolantes, dos amassos nos portões, paradas de ônibus, escadas e elevadores. Ainda tenho boas lembranças do elevador do prédio que você morava quando nos conhecemos. Do jeito que você é acho que só lembra de quando eu saia puto da vida por ele durante as tantas brigas nossas.
Interessante como você tinha uma memória tão boa para as coisas ruins. Com certeza que eu poderia descrever uma a uma as coisas ruins que você me causou, mas só me vem às boas na maioria das vezes, principalmente agora com nosso fim consumado e apaziguado. Lembro que você sempre se fazia esquecer dos meus deslizes, dizia que me perdoava, mas só era necessário uma discursão para você querer me enfiar tudo goela a baixo.
Seja como for passou Rainha. Passou ou esta passando. Assim como a carência também ta passando. Encontrei quem me ajudasse. Estou até abismado de quanta gente me ajuda hoje em dia. Com a ajuda tudo acontece mais rápido. Já que ninguém pode me ajudar a rodar os ponteiros para traz, ao menos estão fazendo ele ir para frente.

Não mais tão carente,

Rei de Espadas

terça-feira, 19 de maio de 2009

Dentro de poucos séculos

Rainha de Copas


A cada dia me reinvento nessa nova vida sem você. Não só pela necessidade de reinvenção que os astros me impuseram, mas por necessidade de viver.

Reaprendi a viver! Tive de reaprender na verdade. Depois de tantos segundos vivendo algo que não sei se era nossa ou sua vida e tantos milênios vivendo nossa vida sozinho, senti necessidade de viver a minha vida. Para isso, tive que aprender a vivê-la.

Foi difícil no começo. Todo começo é difícil! Entrei em jogos errados, mãos ruins, fui mal usado em batalhas, mas tudo isso fez parte do meu aprendizado. Bom não foi, porem foi instrutivo, me fez crescer.

Descobri que não podia refazer tudo do zero, tinha que transformar o que já possuía (o que era quase zero na verdade). O que começou devagar, num engatinhar se tornou um vôo rapidamente.

A cada dia as coisas eram outras. Possas de lagrimas viraram piscinas de lazer. Abraços de solidariedade se tornaram abraços de satisfação. As farras para esquecer passaram a ser farras para comemorar.

Não imaginava ser tão forte, tão capaz de mudar. Claro que tive ajuda. Acaso você já viu algum jogo de uma carta só? Amigos antigos me apoiaram, novos apareceram e todos me levando a mais alem. No entanto, nada teria acontecido sem um empenho pessoal sobrenatural que nem eu sabia que existia em mim.

A maior conquista, a maior mudança até o momento aconteceu a pouco tempo. Transformei a corda bamba que fiquei quando você me deixou, em uma corda para me pendurar no espaço. Vi-me livre, perto do infinito, sobre o abismo, banhado pela serenidade e preso a liberdade, respirei o ar puro do ser eu. Tudo isso estando preso apenas às obrigações de ser feliz, de ser intenso.

Esta sendo maravilhoso Rainha. Claro que se pudesse escolher não passaria por nada disso e estaríamos ainda lado a lado. Como não posso, mesmo se quisesse, não poderia estar melhor. Acho que não trocaria todo isso por nada. Nada mesmo, nem por você. É notório que essa afirmação é duvidosa, mas a cada momento ela se mostra mais sólida.

Estou V-I-V-E-N-D-O Rainha e espero que você também esteja, mas não faço questão que você me informe e nem que seja informada de mim.


Livremente,


Rei de Espadas

sexta-feira, 15 de maio de 2009

As 10 para mais tarde

Ausente Rainha de Copas


Senti sua falta por esses dias. Não foi bem falta de você, mas sim, falta das sensações que tinha quando estava junto a você. No seu colo eu me sentia fora da realidade. Eu era forte, sensual, inteligente, poderoso ao mesmo tempo em que era fraco, inocente, burro e indefeso. Senti falta de estar desta forma, pedido para o mundo parar.

Percebi com isso o quanto sua pessoa não me é mais necessária e pior, pode nunca ter sido. Quando sinto saudade de você na verdade sinto saudade das suas ações para comigo. O você físico, dia-a-dia, se apaga na minha memória, de modo que nem lembro mais do seu rosto. Claro que quando a vejo por ai sei que é você. Mesmo que queira esquecer e passar direto me coração aos saltos faz questão de me lembrar. No entanto, no consigo mais formar seu rosto na memória.

Acho isso bom no aspecto geral. É triste, mas é bom! Não lembrar de você, ao menos não lembrar da sua imagem, me possibilita esquecer muita coisa ruim. Sei que coisas maravilhosas também perigam cair no esquecimento, mas eu acredito na intensidade delas para combater isso. Então fica a esperança de tudo ser esquecido e só o que foi bom renascer como a lembrança de um amor.

É bom saber que amei um dia. Mesmo com esse amor tão distante de hoje...


Desmemoriadamente,


Rei de Espadas

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Com 19 milisegundos de atraso

Rainha de Copas


Estive novamente pensando Rainha nos índices de culpa do nosso rompimento. Já pensei muito nisso na verdade e por ter pensado muito mudei de idéia demasiadas vezes. Com cada idéia diferente vinha uma nova vitima, um novo réu e uma serie de novos fatos. Pois bem Rainha, mudei de idéia novamente.

No começo, como todo mundo que leva um tropeço, achava que tudo era culpa sua e eu era a vitima. Depois mudei dessa opinião e comecei a dizer que você era vitima de tudo que eu malignamente lhe causei. Também mandei essa idéia para as cucuias, tenho hoje uma nova idéia.

Somos ambos culpados Rainha e a vitima são nossos filhos e amigos. Eu sei que não tivemos filhos propriamente dito, falo das coisas que cultivávamos como nossas no lugar de ser minha ou sua. O dvd daquele filme que adorávamos, livros, roupas, as fotos em que aparecíamos como quem ta feliz da vida e não ligássemos para mais nada no mundo... tudo isso virou dado excluído ou arquivo morto. Creio que você não tem mais o costume de usar minhas cuecas, nem minhas bermudas, ficaram então inutilizadas espero eu. Todas as suas fotos que ornavam minhas paredes agora estão trancafiadas em um saco plástico daqueles de por verduras.

Os nossos amigos ficaram na corda bamba entre você e eu, na maioria só ouvindo os dois lados de uma historia sem sentido para qualquer um alem de nos dois. Não é uma situação das mais agradáveis tenho certeza.

No banco dos réus Rainha, estamos muito bem sentados (desde que sejam bancos separados, por favor). Sou culpado de impaciência, arrogância, falta de atenção, falta de apoio, pouca sinceridade, infidelidade, manipulação, abandono, na maioria das vezes de forma homeopática. Já você tem culpa de impaciência, arrogância, falta de atenção, falta de apoio, pouca sinceridade, infidelidade, manipulação, abandono, mas no seu caso de maneira vorpal.

Somos mesmos Rainha dois culpados, um contra o outro, querendo achar motivo para nossos crimes na intenção de deitar a cabeça no travesseiro de forma mais leve. Ambos esse contra-balanço até podemos fazer isso, pois se você acha que sofreu muito Rainha saiba que nem posso contabilizar meu sofrimento. Espero que com a sua decisão seu sofrimento tenha se extinguido, com as minhas atuais o meu se evanesceu.

Espero que tenha uma boa noite de sono Rainha, com toda tranqüilidade.


Pensativamente,


Rei de Espadas

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Depois da 25ª hora

Intangível Rainha de Copas


Estive por esses dias lembrando Rainha, do apelido carinhoso com o qual você me chamava. Meus amigos faziam gracejos e chacotas, mas como gostava de ouvir você me chamar daquele modo. As vezes, até eu que nunca fui muito de apelidos, usava ele para falar com você. Passei ainda um tempo depois que você se foi te chamando daquele modo lembra? Eu ainda lembro muito bem daqueles momentos Rainha. Acho que bem até demais.

Estava lembrando Rainha de quando você publicou uma foto nossa na internet, uma foto horrível, com a legenda em baixo usando esse apelido. Pior, misturando o apelido com o nome de um doce. Ainda lembro dos comentários dos meus amigos, tenho plena certeza que eles morriam de inveja. Ter uma linda Rainha te chamado de doce não para qualquer um.

Lembro quando você queria algo de mim ou quando simplesmente queria fazer manha. Aquele olhar, aquele bico e as frases sempre começando com aquele nominho completamente infantil. Ah Rainha, tentei muitas vezes, mas as vezes que consegui resisti o fiz com um peso enorme no peito. Você sempre venceu nossas batalhas, ainda bem que nem sempre percebia isso.

No entanto, o tempo passou Rainha e com o passar do tempo o doce passa a ser enjoativo e você enjôo desse aqui. Na verdade, nunca foi muito do naipe ser doce, acho que o que te deu foi falta de açúcar.

Sinto falta Rainha de atender uma ligação sua e você confirmar que era do outro lado da linha de forma tão informal e carinhosa, tão diferente do habitual: “Rei de Espadas?” que escuto hoje em dia. Pena nosso relógio ser tão inútil a ponto de só ir para frente.

Me pergunto vez ou outra se você já deu um apelido ao seu Valete de Paus. Pelos comentários que ouvi acho que não vai ser difícil, segundo suas amigas ele é bem parecido com um desenho animado, ainda por cima é de paus. Ficar dizendo que uma pessoa é de paus o tempo todo deve ser ofensivo, ao menos para mim seria. Então para não ofendê-lo tanto invente um apelido carinhoso, se não fez. Faça, mas que ele não seja tão especial quanto o meu, nem tão manhoso e nem tão amoroso.

Esperando não ter noticias de mais apelidos.


Com boas memórias,


Rei de Espadas

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Antes de ontem no amanhã

Breve Rainha de Copas


Não sei como encontrar melhores palavras para falar isso, então serei direto. Me apaixonei! Isso mesmo. Me apaixonei, uma paixão 0 km só para mim. Não foi por você novamente, com certeza você não conhece. Ela é uma carta nova no baralho.

Percebi isso quando me deu uma vontade enorme de dar-lhe um abraço mesmo tendo que atravessar as cordilheiras estrangeiras para isso. Tenha esquecido o quanto é bom ficar assim Rainha. Melhor mesmo quando se tem algum tipo de reciprocidade. Me encanto com recados de bom dia, bilhetes de beijos e ligações só para ouvir a voz. Sei que você entende o que estou falando e deve ter uma memória recente disso, ao menos mais recente que a minha.

Sobre ela, como disse antes é uma carta nova no baralho e como você saiu da minha mão, saiu do meu jogo e parece estar saindo do meu baralho acho que não vai se incomodar em ceder o lugar de Rainha de Copas, certo? Ela é uma pessoa boa, inteligente, firme, um pouco calada e linda. Você gostaria dela se a ocasião fosse diferente, na verdade não vejo porque não gostar.

Espero que tudo dê certo. Ah como espero! Espero que você também torça por isso, mas que faça assim daí de onde esta mesmo. Não precisa me informar sua posição sobre esse acontecimento.


Grato pela atenção,


Rei de Espadas

sábado, 2 de maio de 2009

Apenas um bilhete

Perdão minha Rainha!
E se um dia achar necessario tambem pedir tenha certeza que eu sempre vou te perdoar!

Rei de Espadas

Agora (Relógio ainda atrasado)


Sempre presente Rainha de Copas

Vi-te novamente pelo meu caminho. Desta vez tenho certeza que você me viu. Você estava sozinha, na chuva, esperando por alguém que teimava em não chegar. Deu pena, deu vontade de ir te proteger, salvar, ou apenas fazer companhia. Ouvir tua voz, sentir teu cheiro... Não fiz nada disso. Talvez por orgulho, por infantilidade ou pelo choque que foi te ver. Isso mesmo, foi chocante te vir ali, linda como sempre foi. Meu coração foi de 0 a 1000 tão rápido que pensei que iria pular fora do peito.
Primeiro eu quis sair logo do local que você tava, depois eu não queria mais sair de lá. Ainda voltei mais uma vez só para te olhar de relance, fazendo uma tremenda cara do homem mal que nunca consegui ser.
Ah, cara Rainha! Como você consegue me tocar tanto ainda? Mesmo depois de tantas datas. Como eu queria ter coragem para chegar perto de você naquela hora te beijar e te roubar para mim. Queria ter com você o para sempre que agente nunca acreditou existir.
Sei que você me viu, como você se sentiu? Gostaria de não ter esse tipo de duvida, mas tenho. Quando isso vai passar de verdade Rainha? Quantas outras gerações serão necessárias para que eu passe por você pareça que nada aconteceu? Não tenho as respostas e espero não recebê-las de você nem tão cedo.

Ainda afetado pelo choque,


Rei de Espadas